Seminário no sul da Bahia debate viabilidade econômica da graviola

 

Diversos aspectos da cadeia produtiva da graviola estarão em discussão no próximo dia 12, durante o seminário “Viabilidade Econômica da Graviola”, em Gandu, no auditório do CETEP (antigo Colégio Modelo). O encontro vai debater temas como “Perspectiva de Mercado da Graviola”, “Qualidade da Massa da Graviola para Comercialização” e “Novas Técnicas de manejo para Alta Produtividade da Graviola”. A Ceplac é parceira do evento, através do Centro de Extensão (Cenex) e do Escritório Local de Gandu.

Realizado em parceria entre membros do Comitê Gestor do Agronegócio de Gandu, com apoio das secretarias da Agricultura de oito municípios daquela microrregião – Gandu, Teolândia, Trancredo Neves, Piraí do Norte, Itamari, Nova Ibiá, Apuarema e Wenceslau Guimarães –, o seminário tem como objetivo também de orientar os produtores em relação à uniformização da qualidade do cultivo, em busca do promissor mercado internacional e das indústrias nacionais.

“A gente sabe que quando se trata de venda para indústria, o produto deve ter não apenas boa qualidade, mas é imprescindível que esse atributo seja uniformizado, alcançado por todos os produtores. Não adianta alguém produzir matéria-prima de ótima qualidade, outros de boa e algum de baixa qualidade. À indústria só interessa se tiver um padrão”, afirma o técnico agrícola da Ceplac, Marcos César Leal Souza, que organiza o seminário.

O principal problema enfrentado pelos produtores é comercialização. Sem mercado, sobra produto e falta opções de estocagem. “Como a maior parte de nossos produtores é de pequenos agricultores, não há capacidade de armazenamento. O seminário é justamente para mostrar as possibilidades de mercados, as formas de manejo para garantir produtividade e a busca por um padrão de qualidade”.

A cultura - A graviola é cultivada comercialmente na microrregião de Gandu por 530 produtores, num total de 800 hectares plantados. Mais de 90% desses são da agricultura familiar, com área média de um hectare. A produção é de 4.800 toneladas/ano, com potencial para chegar a 20 mil ton/ano, já que apenas 60% da lavoura está em fase de produção. No auge da produtividade, espera-se uma produção média acima de 20 toneladas por hectare. “Há quem produza individualmente 40 toneladas por hectare/ano. Isso nos dá uma boa perspectiva de superar essa média de 20 ton/ha e alcançar a meta de 20 mil toneladas ao ano” afirma Marcos César.

Outro aspecto que chama a atenção na microrregião de Gandu é a organização dos produtores, que formaram um Comitê Gestor do Agronegócio e assim conseguem melhores resultados, e não apenas com a graviola. “Somos os maiores produtores de cacau do Brasil, com uma produtividade média de 30 arrobas por hectare. Por outro lado, temos a maior área de graviola do Brasil e a segunda do mundo, ficando atrás apenas do México”, afirma o presidente do Comitê Gestor, Renato Dias Souza, que também preside o Sindicato Rural de Gandu.

O Comitê Gestor, que é formado pela Ceplac, FAEB, Sindicato Rural, Sebrae, Adab, EBDA e pelas cooperativas Credigandu, Coopag e Coolerg, além da organização social dos produtores, realiza diversas ações, como participação em feiras e seminários e visitas a indústrias de polpas entre outras atividades, visando à abertura de mercados e ao fortalecimento da cadeia produtiva na microrregião.

Programação - Após as inscrições e abertura, de 7h30min às 8h30min, a primeira palestra do dia será do consultor do Sebrae Marsel Costa Nogueira, que vai expor o tema “Perspectiva de Mercado da Graviola”. Em seguida, das 9h45min às 10h30min, será a vez da tecnóloga em Alimentos Eudemária Nunes Barbosa, com a palestra “Qualidade da Massa da Graviola para Comercialização”.

Após um lanche, entre 10h30min e 10h45min, terá início a terceira palestra, “Novas Técnicas de manejo para Alta Produtividade da Graviola”, com o professor da Uesb e presidente da Associação Brasileira de Fruticultura, Abel Rebouças São José (entre 10h45min e 12h30min). Após a apresentação, haverá o momento de “Perguntas e Respostas”, até as 13 horas, quando será feito o encerramento do evento.

O seminário ocorre no auditório do CETEP (antigo Colégio Modelo), cominscrições gratuitas, no dia e local do evento, a partir das 7h30min.